Se vc não sabe o que é um enófilo, tentarei explicar plagiando Luiz Groff: -"Enólogo é o cara que diante do vinho toma decisões, e Enófilo é aquele que, diante das decisões toma vinho". (Saiba mais sobre a diferença entre enólogo, enófilo, sommelier e enochatos)
Para matar a sede de informação de amigos, e por muitas vezes minha também, resolvi escrever uma série de posts sobre algumas uvas (cepas) comumente encontradas nas casas de vinhos ou hipermercados. Neste post brindaremos a Cabernet Sauvignon, a cepa de maior prestígio no mundo inteiro.
A Cabernet Sauvignon e a Cabernet Franc, são duas variedades de base de vinho tinto de Bordeaux. A cepa só é cultivada onde se deseja obter um vinho de qualidade. Por produzir um vinho austero, tânico e muito colorido, é frequentemente mesclada com outras variedades, como a Cabernet Franc e Merlot. É o principio do corte bordalês, imitado em inúmeros vinhedos. Regiões como a Califórnia e Chile vêm obtendo excelentes resultados em seus vinhedos.
Em sua primeira juventude a Cabernet Sauvignon apresenta uma cor vermelho-escuro, com uma nota violácea, tornando-se vermelho-tijolo com o tempo. Seus aromas lembram o cassis nos vinhos jovens e a madeira de cedro nos vinhos mais evoluídos. Seu envelhecimento em barris de carvalho dá bons resultados. Um vinho Cabernet Sauvignon que não ficou em contato com a madeira será menos agradável. O gosto do vinho jovem da Cabernet Sauvignon é com frequência áspero em razão de seus taninos. São cepas de vinhos de guarda: um grande Bordeaux tinto de um bom ano continuará a melhorar durante décadas.
Recomenda-se que um Cabernet Saubignon seja bebido após um mínimo de três anos em garrafa e servido entre 16 a 17 graus Celsius. A cozinha que o acompanha deve ser rica em sabores e não muito gordurosa; são bem vindos cogumelos, entre os quais as trufas, carne vermelha grelhada ou assada.
Bons vinhos!